Pnad aponta lentidão no saneamento básico”, diz presidente da Apecs

Data: 22/09/2014


Nos próximos 20 anos, o País deve investir R$ 500 bilhões no setor


“O saneamento básico ainda avança a passos lentos no País”, aponta Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente). Segundo ele, os resultados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2013 mostram que o Brasil precisa rever sua política na área. “É preciso uma maior integração entre União, Estados e Municípios na elaboração e execução dos planos municipais e projetos de saneamento básico”, alerta o dirigente.


Segundo o levantamento, em 2013, 1,5 milhão de casas passaram a ter atendimento de rede coletora de esgoto, mas 23,2 milhões de domicílios brasileiros ainda não contam com esse serviço. A pesquisa Pnad mostra que a proporção de domicílios com acesso à rede coletora de esgoto passou de 63,3%, em 2012, para 64,3%, em 2013, chegando a 41,9 milhões de unidades. “Ainda é muito pouco para um país que precisa investir cerca de R$ 500 bilhões no setor nos próximos 20 anos”, analisa Pladevall.


Pladevall explica que a maior parte dos municípios brasileiros não dispõe de técnicos capazes de elaborar o Plano de Saneamento Municipal. “A falta de acesso a profissionais ou empresas de engenharia especializados, por parte de grande número de prefeituras, afeta diretamente a elaboração não só de seus planos de saneamento municipal, principal e mais básico instrumento de planejamento e de política pública do setor, como a continuidade das ações de seus desdobramentos”, afirma. Segundo ele, o governo federal precisa investir também na qualificação técnica ou oferecer melhores instrumentos para os municípios.

revista TAE


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